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“A Ilha do Amor” de Jean-Honoré Fragonard

A Ilha do Amor - França, c.1770 - Óleo sobre tela - 71x90cm - Museu Gulbenkian, Lisboa

Jean-Honoré Fragonard nasce em Grasse, na região francesa de Provence,  no ano de 1732. Mais tarde viaja para Paris, a mando de seu pai, onde trava conhecimento com François Boucher. A experiência revelar-se-á decisiva para o seu percurso como pintor. Fragonard torna-se o seu discípulo mais notável, chegando a pintar réplicas de quadros seus. Em 1756, muda-se para Roma onde conhece Giovanni Battista Tiepolo.  Em Itália, parte à descoberta dos clássicos e fica deslumbrado por Miguel Ângelo e Rafael, cujas obras o marcam indelevelmente. De volta a Paris, em 1761, consegue o ingresso na prestigiada  Academia Real Francesa.

Grande parte das obras de Fragonard são encomendas, como é o caso dos quatro momentos do amor (O Encontro, A Perseguição, A Recordação e A Coroação), obras encomendadas por Madame Du Barry.

Como homem do seu tempo, Jean-Honoré Fragonard desenvolve o estilo rococó de uma forma prolífica, produzindo cerca de meio milhar de pinturas. Fragonard é popularizado pela pintura de género (petit genre), um estilo de pintura flamenga que tem no realismo a sua principal característica: cenas rotineiras, temas da vida quotidiana, paisagens. O pintor utiliza o estilo não raras vezes com uma atmosfera de intimidade e erotismo. É igualmente um notável paisagista. As suas obras mais famosas são O Baloiço (Cf. Fig. 1) e O Beijo Furtivo (Cf. Fig. 2). A temática erótica na abordagem de Fragonard desprende-se da moderação patenteada em Watteau, mostrando uma face mais frívola e galante, cheia de encanto, com pincelada solta e vibrante, que parece querer abrir caminho ao impressionismo. Numa fase mais adiantada da sua carreira, Fragonard introduz elementos que prefiguram o Romantismo.

Jean-Honoré Fragonard morre em Agosto de 1806. Só muito tarde é reconhecido como um dos pintores mais influentes e decisivos do rococó.

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